terça-feira, 24 de junho de 2014

E você se perde no seu próprio destino.

Apenas mais um finalzinho de noite cinza. Aquele livro de cabeceira que há anos você tenta terminar de ler continua ali, cansado de ser desprezado. Seu dia foi cheio de inquietações como outro qualquer, trabalho, faculdade, casa. E você ali, no meio dessas interrogações.  
 Uma pequena porção daquilo que és, está acostumada com a monotonia do dia a dia. Mas o melhor que existe em você busca algo além daquilo que é pressuposto pela sociedade.
 O primeiro passo. O caminho não será traçado sozinho. Ele precisa de você. Talvez as incertezas que tomam conta deste coração sejam as mesmas que perturbam a sua razão. Mas você por um motivo que desconheço de imediato, não se diz capaz de mudar o próprio destino.
Vejo uma foto no mural do seu quarto na qual você está sorrindo, uma cortina branca e algumas rachaduras na parede. Atrás da porta está a marca de anos, com traços e datas sua vó em todo natal comemorava mais uma vitória. Você sempre crescia alguns centímetros. Dentro daquela caixa no fundo do seu armário existem fotografias, cartas, pequenos bilhetinhos e um diário que você ganhou de sua mãe no aniversário de sete anos. Sei que as lembranças te machucam, mas vai por mim, você precisa delas para seguir em frente.
Às vezes nos perdemos em meio a tantos pensamentos que acabamos nos esquecendo da razão pela qual vivemos. Nada deve ser posto como folhas secas ao chão. Procure traçar um objetivo na sua vida e lute para que ele faça sentido quando estiver com você. Não viva apenas por viver. Deixe sua marca no mundo. Seja você, não um alguém qualquer. Busque a sua identidade.
Por Ranna Botelho

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